domingo, 24 de fevereiro de 2013

monólogo das visões do acaso

"Abro a boca das palavras
Sou a fala
Sou o grito
Sou um eco de silêncio no infinito

Abro a boca das palavras
Sou a voz de um planeta aflito
- De carne
- De osso
-De espírito
Abro a boca das palavras
Sou um código que multiplica estrelas andarilhas
Sou mais treva que dia - sou mito
Sou a multidão que delira
num palco que gira entre a volúpia dos sonhos

Abro a boca das palavras
Acima ou abaixo dos anéis de Saturno
do telescópio á periferia
Sentimentos são vísceras
trapézio que a mão trepida sobre um fio de lâmina
que equilibra o impulso trágico da vida"
(Oliveira,Adelmo)



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